A aldeia de Regoufe tem um subsolo e montanhas ricas, que são palco e adereços para o início de dois percursos pedestres de Arouca, o PR 13 (Na Senda do Paivô) e o PR 14 (Na Aldeia Mágica). Trilhos cheios de história, paisagens únicas e deslumbrantes, casas antigas e ruínas que guardam memórias de tempos de guerra.
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Aldeia e Ribeira de Regoufe |
Regoufe fica para a história nacional e mundial pelas suas minas ricas em volfrâmio, que deram trabalho a cerca de 1000 pessoas aquando a II Grande Guerra (1939-1945). Hoje, é possível visitar as ruínas da central de exploração do minério, situada na entrada da aldeia.
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Ruínas da central de exploração do minério |
A partir das ruínas, junto às quais é recomendado deixar o carro, pode percorrer a aldeia de Regoufe a pé e entrar pelo caminho do Paivó (PR 13) e deslumbrar-se com as montanhas e vales que o rio atravessa. O trilho é linear com 4,5 Km (9 Km se somarmos a ida e a volta) e tem um grau de dificuldade baixo. Que dizer mais? A vista panorâmica é incrível!
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As rotas 13 e 14 têm início junto à capela de Regoufe |
Depois de acompanhar o rio Paivô e atingir a aldeia de Covêlo de Paivô, a alternativa é regressar a Regoufe para, de seguida, rumar até Drave. Uma aldeia 'morta', mas 'mágica' dada a conhecer pelos trillhos da PR 14. "Rodeado de altos montes, Drave é um lugar mítico", lê-se no folheto informativo do percurso linear de 4 Km (8 Km com ida e volta). Também de baixo grau de dificuldade, o trilho é encantador e a aldeia é misteriosa.
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Placa informativa das rotas 13 e 14 junto à capela de Regoufe |
Em conversa com alguns moradores de Regoufe, dá para perceber que Drave recebe imensas visitas: "Todos os fins de semana vêm muitas pessoas e grupos de escuteiros. Nas férias, há grupos que chegam a ficar, lá, uma semana". E a verdade é que a aldeia prende quem a visita em volta dos encantos que esconde.
A vontade de voltar a Drave é grande e a Regoufe também pois a população é simples, simpática e atenciosa. Um 'mundo' muito rural cheio de histórias antigas. Os campos cultivados e os animais espalhados pela aldeia assim o comprovam. E outra prova é o complexo mineiro da Poça da Cadela, situado à entrada de Regoufe e que pode aproveitar para visitar antes do 'Adeus'.
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Vacas arouquesas logo à entrada de Regoufe |
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Cabras a pastar pela aldeia de Regoufe é uma constante |
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Campos separados pelas águas da Ribeira de Regoufe |
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A percorrer as ruas da aldeia de Regoufe |
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Canastro ou espigueiro |
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Campos envolvidos por encostas e montanhas |
As fotografias apresentadas acima comprovam as vivências tradicionais e rurais dos residentes de Regoufe. E, antes de terminar, fica a indicação da existência de um café local que recebe os forasteiros, seja à chegada seja no momento da despedida, e, ainda, deixo uma curiosidade (no último parágrafo).
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Placa de direcção a indicar "CAFE"
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Vista sobre as ruínas da central de exploração do volfrâmio |
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Outra panorâmica sobre as ruínas |
Findo com um aparte, o conceito do volfrâmio, descrito no roteiro natural da montanha da Câmara Municipal de Arouca: «Do mineral volframite extrai-se o elemento número 74 da tabela periódica, o tungsténio ou volfrâmio (...). Considerado por muitos "ouro negro", este minério escuro e brilhante deu riqueza a muitos. O volfrâmio é um mineral que depois de fundido dá tungsténio, uma liga que quando acrescentada ao aço o torna mais resistente, permitindo que seja utilizado na construção de foguetões.»
Aventurem-se e boas caminhadas!
Um até já,
TS