quarta-feira, 29 de abril de 2015

Canal du Midi (França)

Classificado como património da Humanidade pela Unesco desde 1996, o “canal du Midi” é um canal artificial composto por 328 obras como comportas, pontes, túneis e aquedutos. Localiza-se na região de Midi, em França, e é um destino de turismo fluvial muito procurado. Toulouse, Castelnaudary e Carcassonne estão entre os locais mais atravessados e hoje, no Pé ante pé, fiquem a conhecer a “Écluse de Saint Roch” e o “Argent-Double”.

Canal do Midi - La Redorte


O “canal du Midi” (canal do Midi em português) é a abertura marítima mais antiga da Europa. Concebido no reinado de Luís XIV de 1666 a 1681, servia para transportar mercadorias, facilitando as relações económicas, políticas e militares. Hoje em dia, ainda está em funcionamento, tem uma função exclusivamente turística e continua a ligar o oceano Atlântico ao mar Mediterrâneo.

"Écluse de Saint Roch"


Lago artificial de Castelnaudary


Pequena ilha de Catelnaudary


Numa visita à comuna francesa de Castelnaudary do departamento de Aude, é possível conhecer a “Écluse de Saint Roch” do canal do Midi. O bloqueio de Saint Roch fica num dos lados de uma ponte velha de acesso ao centro de Castelnaudary. Do outro lado da ponte, avista-se um lago artificial e uma pequena ilha que dão encanto à cidade.

Canal do Midi sobre o rio Argent


Depois de uma visita ao bloqueio do canal do Midi de Castelnaudary, o próximo destino é a Cité de Carcassone e, no regresso a casa, uma passagem pela comuna de La Redorte para admirar as aberturas sobre o rio Argent-Double (Argent-Duplo em português). Aqui, existe uma porta-canal com 11 arcos e o Argent-Duplo é um pequeno rio que passa por baixo do canal do Midi. Ou seja, quando o canal enche, a água deste cai directamente para o rio.

Canal do Midi - La Redorte 


O canal do Midi já teve muitas funções. Agora, serve de regalo aos olhos de quem o atravessa de barco ou, simplesmente, de quem visita os seus bloqueios e passeia pelos caminhos laterais que acompanham o correr das suas águas. Em suma, este canal completa mais um capítulo das férias do passado mês de março por terras de França.

Aventurem-se e bons passeios!

Um até já,

TS


sexta-feira, 17 de abril de 2015

Cidades francesas

Castres é a capital do departamento do Tarn. Está situada a 77 km de Toulouse, quarta maior cidade francesa, e nas suas proximidades encontram-se os montes de Sidobre e o Lago da Montanha. A cidade é cruzada pelo rio Agout, um afluente do Tarn, e nas redondezas sítios para visitar é o que mais há. Burlats, Albi, Lautrec, Cité de Carcassone e Cordes sur Ciel são as próximas paragens do Pé ante pé.

Caminho para peões e bicicletas da 'Ville de Castres' 


Burlats é uma comuna francesa que, tal como Castres, pertence ao departamento do Tarn. E, recorrendo a um caminho reservado a peões e bicicleta, fica a cerca de 9 km do centro de Castres. Pedala-se num espaço muito limpo e cuidado e na companhia do som do correr das águas e do vento a agitar as folhas das árvores. À chegada a Burlats, uma turma de crianças dá apoio, gritando “Allez, allez, allez…” (Vamos, vamos, vamos…).

Vista alcançada à chegada a Burlats


Outra paragem é Albi. Uma cidade francesa, também integrada no departamento do Tarn, conhecida pelo nome “ville rouge” (cidade vermelha) e pela Catedral Sainte-Cécile. “Le choeur historique de la cathédrale est unique au monde!” (O coro histórico da catedral é único no mundo!) Esta citação é encontrada à entrada do edifício, construído entre os séculos XIII e XV, e, no seu interior, um órgão imponente e uma decoração muito detalhada cativam a atenção dos visitantes. Ainda em Albi, a Ponte Velha sobre o rio Tarn, o Palácio de Berbie e respectivos jardins são outros atractivos da cidade vermelha.

Cidade vermelha e rio Tarn avistados dos jardins de Berbie


O próximo destino é Lautrec. Uma vila medieval classificada como uma das “plus beaux villes de France” (mais belas vilas de França), que está a cerca de 16 km de Castres. Aqui, o “ail rose” (alho rosa) é o produto típico e a este é dedicada uma festa na primeira sexta-feira de Agosto. De passagem por Lautrec, há que visitar o moinho de vento e o calvário de Lasalette e aproveitar para usufruir da vista panorâmica sobre a vila e não só.

Vila e moinho avistados do calvário de Lasalette


Ainda na onda dos locais medievais, há que visitar a Cité de Carcassone. Uma cidade medieval dentro da própria cidade de Carcassone, que integra o departamento do Aude. Esta ‘cité’ está situada numa grande colina, proporcionando uma vista ampla sobre a cidade e o rio Aude. De Castres até este ponto, são cerca de 65 km de carro que valem a pena fazer. Ultrapassadas as muralhas medievais, mergulha-se em lojas de gomas gigantes, barras de chocalate, bombons e biscoitos. Uma perdição! Depois, entra-se na basílica de Saints Nazaire et Celse e, no fim, faz-se uma ronda pelas lojas de artigos de lembrança.

Cité de Carcassone 


A última paragem de hoje é Cordes sur Ciel. Uma cidade medival fundada pelo conde de Toulouse, em 1222, com quatro portas de acesso. Uma delas é a “porte de l’horloge” (porta do relógio) e, para chegar ao ponto mais alto, há que caminhar uns 20 a 30 minutos e ultrapassar uma subida íngreme. Já no topo encontra-se  um miradouro, uma praça ampla, um poço de água com 113 metros de altura e um “musée les arts du sucre et du chocolat” (museu das artes do açúcar e do chocolate).

"Porte de l'horloge" (Porta do Relógio)


Em suma, uma série de passeios didácticos e animados por cidades francesas, ora do departamento do Tarn ora do Aude. Tudo destinos de paragem e visita com muito para dizer. Aqui, deixo um 'cheirinho' porque o melhor mesmo é ir, ver e conhecer. No próximo capítulo das férias de Março último, é a vez de destacar o Canal du Midi.

Aventurem-se e bons passeios!

Um até já,

TS


terça-feira, 7 de abril de 2015

Castres (França)

Desenvolvida no século IX em torna da Abadia de Saint-Benoît, Castres é uma cidade francesa muito florida com motivos de sobra para ser visitada. Está localizada no departamento do Tarn e é a cidade natal do político socialista Jean Jaurés. Continuem a ler porque hoje apresento, no Pé ante pé, um breve retrato do primeiro capítulo das férias gozadas na última semana de Março.
Maisons sur l'Agout


Castres dispõe de uma grande variedade de jardins e parques. Os guias turísticos dão atenção ao Jardin de l’Évêché por ter sido concebido pelo paisagista Le Nôtre (o mesmo que concebeu os jardins de Versalles) e distinguido pelo prémio “Jardin Remarquable de France”, que destaca os melhores jardins do país. Este jardim situa-se nas traseiras do antigo palácio episcopal, que agora é 'l'hotel de ville'.

Dia de mercado na praça Jean Jaurés


 As fachadas das casas multicolores dos antigos tintureiros, tecedores e curtidores alienadas ao rio Agout recordam os tempos da indústria têxtil, aquela que já foi a principal actividade da cidade. Construídas no século XVII, as ‘Maisons sur l’Agout’ permitiam a imersão das peles na água do rio e, posteriormente, a secagem das mesmas na parte superior dos edifícios.

A cidade de Castres vê correr as águas do rio Argout


Mais há mais para conhecer! A catedral de Saint-Benoît, datada do século XVII e monumento histórico desde 1953, o teatro municipal, o museu Goya e o mercado ao ar livre, que decorre todas as terças, quintas, sextas e sábados de manhã, na praça Jean Jaurés. A cidade é ainda conhecida pela equipa de Rugby Castres Olympique e pelos laboratórios farmacêuticos Pierrre Fabre.

Venda ao público de 'fromage' (queijo)


Na despedida, tal como na recepção, o Vento d’ Autan ou vento dos loucos dá um ‘Bonjour’ e um ‘Au revoir’, impondo a sua presença. Na região de Castres, o vento é muito característico. É quente e turbulento, o que está associado a micro variações de pressão, maioritariamente ressentidas por pessoas doentes. No fim de contas, o vento traz tudo e leva tudo. 

Aventurem-se e bons passeios!

Um até já,

TS