quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Rota dos Geossítios III

O terceiro passeio pela Rota dos Geossítios leva o Pé ante pé a Moldes para uma nova aventura pela Rota do Ouro Negro.  Uma jornada a pé para desvendar os trilhos da oitava pequena rota de Arouca e para conhecer mais dois fenómenos geológicos do concelho. As Minas da Pena Amarela e o Complexo Mineiro de Rio de Frades são o destaque de hoje.

À procura do Ouro Negro
Janeiro de 2016


A PR 8 - Rota do Ouro Negro - do concelho de Arouca é uma pequena rota linear de 6 km que desvenda os melhores recantos de Fuste (Moldes) e Rio de Frades (Cabreiros). Estes dois lugares guardam dois dos 41 fenómenos geológicos que compõem a Rota dos Geossítios. Realizada a pé, a jornada de hoje tem início em Fuste e, daqui, segue para o lugar de Pedrógão.

A caminho de Fuste (Moldes)
Janeiro de 2016


Capela de Santa Catarina (Fuste)
Janeiro de 2016


Placas de orientação da PR 3 e da PR 8 no cento de Fuste
Janeiro de 2016


A primeira etapa da PR 8 liga Fuste a Pedrógão
Janeiro de 2016


Passagem pelo lugar de Pedrógão
Janeiro de 2016


A primeira etapa da PR 8 liga a capela de Santa Catarina ao lugar de Pedrógão. Um ponto de passagem da Rota do Ouro Negro que dá acesso aos caminhos de montanha que separam os lugares de Fuste e de Rio de Frades. À saída de Pedrógão, uma placa direcciona os 'corajosos' para as Minas da Pena Amarela. 

Placa indica o caminho para as Minas da Pena Amarela
Janeiro de 2016


Placa de orientação da PR 8 de Arouca
Janeiro de 2016


Lugar de Pedrógão (Moldes)
Janeiro de 2016


Caixas das abelhas
Janeiro de 2016


Mais uma placa de orientação da PR 8
Janeiro de 2016


As Minas da Pena Amarela correspondem a um fenómeno geológico do concelho de Arouca escondido por entre os caminhos montanhosos da PR 8 - Rota do Ouro Negro. Aquando da II Guerra Mundial, abriram-se dezenas de bocas de minas de forma clandestina e que, hoje, ainda testemunham o trabalho dos 'pilhas'. Aventureiros, sobretudo arouquenses, de marreta e picareta na mão que arriscaram derrubar a rocha castanha e avermelhada para alcançar o 'ouro negro'. 

'Caminho certo'
Janeiro de 2016


A caminho das Minas da Pena Amarela
Janeiro de 2016


Ribeira da Cobela
Janeiro de 2016


Boca de uma Mina da Pena Amarela
Janeiro de 2016


A caminhar junto das Minas da Pena Amarela
Janeiro de 2016


As Minas da Pena Amarela (G15) nascem na fase da "Febre do Volfrâmio" em que os 'pilhas' trabalham duro, tendo em vista alcançar uma pequena fortuna. Até que, em 1953, o hoje décimo quinto geossítio de Arouca acaba por ser concessionado. Mas, assim como todas as outras minas do concelho, a falta de escoamento do volfrâmio conduz ao abandono destas, em 1988.

Outro exemplar de uma boca de mina clandestina
Março de 2012


Marca indica o 'Caminho Certo'
Janeiro de 2016


Pequena queda de água da Ribeira da Pena Amarela
Janeiro de 2016


Junto das Minas da Pena Amarela
Janeiro de 2016


Correr das águas da Ribeira da Pena Amarela
Janeiro de 2016


Tal como um dia os 'pilhas' fizeram, hoje os caminheiros aventuram-se a percorrer o caminho montanhoso que liga Fuste (Moldes) a Rio de Frades (Cabreiros). Os objectivos são distintos, mas a satisfação final é a mesma. O caminhar lado a lado com as imensas bocas de minas de volfrâmio e a beleza incomparável do cenário apresentado aos nossos olhos são o cartão de visita da PR 8.

Ponte sobre a Ribeira da Pena Amarela
Janeiro de 2016

Rio de Frades é a última paragem antes do retorno
Janeiro de 2016


Aldeia de Rio de Frades
Janeiro de 2016

A caminho da aldeia de Rio de Frades
Janeiro de 2016


Pequena capela situada no largo da aldeia de Rio de Frades
Janeiro de 2016


Depois da travessia de uma pequena ponte de madeira sobre a Ribeira da Pena Amarela, a próxima destino é a aldeia de Rio de Frades onde é possível descobrir a Galeria do Vale da Cerdeira (G16). Esta corresponde a uma antiga mina de extracção de volfrâmio que, hoje, está classificada como décimo sexto geossítio do concelho de Arouca.

O "Caminho do Carteiro" pode iniciar-se em Rio de Frades
Janeiro de 2016


Complexo Mineiro avistado do "Caminho do Carteiro"
Julho de 2014


No interior da Galeria do Vale da Cerdeira (G16)
Janeiro de 2012


Queda de água de um afluente do Rio de Frades
Setembro de 2014

A galeria mineira é transitável ao longo de 400 metros
Setembro de 2014


Para além da Galeria do Vale da Cerdeira, o G16 é composto pelas ruínas do Complexo Mineiro que situam-se na zona inferior da aldeia de Rio de Frades.  O primeiro contacto com este geossítio acontece no começo de 2012 aquando uma aventura pelo "Caminho do Carteiro". Na fase inicial da PR 6 de Arouca, é possível alcançar a galeria e fazer a sua travessia ao longo de cerca de 400 metros.

Aproximação às ruínas do Complexo Mineiro (G16)
Janeiro de 2016


Ruínas do Complexo Mineiro de Rio de Frades (G16)
Janeiro de 2016


Junto do Complexo Mineiro de Rio de Frades
Janeiro de 2016


As ruínas vêem correr as águas de um afluente do Rio de Frades
Janeiro de 2016


Retomar a PR8 e seguir para as Minas da Pena Amarela
Janeiro de 2016


Antes de atravessar a Galeria do Vale da Cerdeira,  é também possível alcançar visualmente o Complexo Mineiro através de uma ampla vista panorâmica sobre as suas ruínas e áreas envolventes. E, já depois da travessia da galeria, os caminheiros avistam uma magnífica queda de água de um afluente do Rio de Frades e usufruem de um recanto natural precioso e escondido de Arouca.

Marca amarela e vermelha indica 'Caminho Certo'
Janeiro de 2016


A caminho das Minas da Pena Amarela
Janeiro de 2016

Placa orientadora próxima das Minas da Pena Amarela
Janeiro de 2016

Descida íngreme da zona da Pena Amarela
Janeiro de 2016

Descida íngreme sobre pedras soltas
Janeiro de 2016


Depois de conhecida a galeria transitável e respectivas ruínas de Rio de Frades (G16), é tempo de retomar a PR 8 - Rota do Ouro Negro - no sentido contrário. Saída da aldeia de Rio de Frades com o objectivo de alcançar, pela segunda vez, as Minas da Pena Amarela (G15). É o regresso às belas paisagens de montanha e às águas límpidas da Ribeira da Pena Amarela e Ribeira da Cobela.

Junto da ponte de madeira sobre a Ribeira da Pena Amarela
Janeiro de 2016


Ribeira da Pena Amarela
Janeiro de 2016


Junto da entrada de uma mina da Pena Amarela
Janeiro de 2016


Boca de uma mina de volfrâmio
Março de 2012


O lugar de Pedrógão à vista
Janeiro de 2016


As minas da Pena Amarela e de Rio de Frades apresentam um elevado interesse em termos de paisagem cultural e arqueologia mineira. Guardam histórias e tradições, sobretudo, da época da II Grande Guerra em que os 'pilhas' procuram o 'ouro negro' e os alemães marcam presença nas terras de Arouca. Daí, a justificação da inclusão destas minas no mapa de geossítos do concelho.

Lugar de Pedrógão
Janeiro de 2016

Algumas habitações de Fuste captadas à chegada a Pedrógão
Janeiro de 2016


Passagem pela estrada asfaltada de Pedrógão
Janeiro de 2016


De Pedrógão para Fuste
Janeiro de 2016


Risca amarela e risca vermelha assinalam 'Caminho Certo'
Janeiro 2016


Às Minas da Pena Amarela segue-se o lugar de Pedrógão para, daqui, rumar até à capela de Santa Catarina de Fuste e terminar a jornada de hoje. Mas, ainda um pouco antes do desfecho da rota, é possível observar de perto a escamação da rocha em 'casca de cebola' em vários blocos de quartzodiorito. Um fenómeno geológico esclarecido no primeiro passeio pela Rota dos Geossítios.

Fenómeno de escamação da rocha em 'casca de cebola'
Janeiro de 2016


Escamação da rocha num bloco quartzodiorito
Janeiro de 2016


A caminho de Fuste com recurso a um caminho rural
Janeiro de 2016


Chegada ao lugar de Fuste
Janeiro de 2016


Conclusão da PR8 junto da capela de Santa Catarina
Janeiro de 2016 


No fim, a conclusão da Rota do Ouro Negro. Um percurso linear de pequena rota que, contabilizando a ida e a volta, perfaz um total de 12 quilómetros com novas descobertas. As Minas da Pena Amarela e o Complexo Mineiro de Rio de Frades preenchem a jornada de hoje. E, agora, parto à descoberta do quarto passeio pela Rota dos Geossítios.

Aventurem-se e boa rota!

Um até já,

TS