As caminhadas de Primavera estão à porta e o Pé ante pé inicia esta época com a Secção de Desporto e Lazer da União Recreativa "Os Amigos da Terra" (URATE) de Carregosa. É com este grupo de Oliveira de Azeméis e entre amigos que, no passado domingo (19 de Março), regresso ao Retiro da Fraguinha para uma segunda aventura pelos trilhos da Rota das Bétulas.
A Rota das Bétulas corresponde a segunda pequena rota (PR 2) do concelho de S. Pedro do Sul e é a escolha do Pé ante pé para dar as boas-vindas à Primavera. Com cerca de 10 km de extensão e três horas de duração, o percurso tem início junto do parque de campismo da Fraguinha. Um retiro natural inserido num arboreto de bétulas que dá nome a esta rota.
Parque de Campismo (retiro) da Fraguinha Junho de 2014 |
Placa informativa da PR 2 - Rota das Bétulas Junho de 2014 |
Primeira etapa: Fraguinha - Póvoa das Leiras Junho de 2014 |
Aconselhado o seguimento das marcas orientadoras Junho de 2014 |
Barragem "A Pioneira" em fase de construção Junho de 2014 |
Barragem "A Pioneira" já concluída Março de 2017 |
Num certo dia de Junho de 2014, o tempo dá sinais de chuva. E, ainda assim, arrisco sair de casa com o meu companheiro de caminhada. O chamado da Rota das Bétulas é forte e a chegada de pequenos raios de sol é compensadora. Passados três anos, o regresso é hoje assinalado com a apresentação de algumas diferenças. O antes e o depois.
Ponte pedonal sobre a barragem e o Ribeiro do Paivô Março de 2017 |
Ribeiro do Paivô junto da Casa da Fraguinha Junho de 2014 |
Lagoa da Fraguinha Março de 2017 |
Ribeiro do Paivô Junho de 2017 |
A caminhar junto da margem esquerda do Ribeiro do Paivô Março de 2017 |
Na travessia do Ribeiro do Paivô Junho de 2014 |
A aventura inicia-se então junto do parque de campismo da Fraguinha. Daqui, têm duas alternativas. Ou segue-se em direcção ao parque eólico da Coelheira e do Candal. Ou opta-se pela travessia da barragem "A Pioneira". O Pé ante pé escolhe a última a partir da qual é possível admirar a Casa e a Lagoa da Fraguinha. Um início maravilhoso.
Canal de água entre a Fraguinha e Póvoa das Leiras Março de 2017 |
Uma casa em ruínas junto do Ribeiro do Paivô Junho de 2014 |
Cenário verdejante Junho de 2014 |
Povoação do Candal à vista Junho de 2014 |
Povoação do Candal à vista Março de 2017 |
Capela de Póvoa das Leiras Junho de 2014 |
Ao realizar a travessia sobre o ribeiro do Paivô é, desde logo, evidente as diferenças entre o Junho de 2014 e o Março de 2017. Começo pelo cenário que passa de verdejante a cinzento. E esta primeira diferença deve-se as estações do ano e, sobretudo, ao veloz incêndio do passado Agosto que devorou a vegetação de quase todo o território de Arouca e de algumas terras vizinhas.
Indicações em Póvoa das Leiras para o Candal e para Arouca Junho de 2014 |
A caminho do núcleo habitacional de Póvoa das Leiras Junho de 2014 |
A caminho do núcleo habitacional de Póvoa das Leiras Março de 2017 |
À entrada da povoação de Póvoa das Leiras Junho de 2014 |
Os espigueiros destacam-se na aldeia de Póvoa das Leiras Março de 2017 |
1.5 km separa Póvoa das Leiras do Candal Março de 2017 |
Outra diferença diz respeito à barragem "A Pioneira" que dá vida à Lagoa da Fraguinha. Em 2014, os sinais de obras já eram visíveis. No entanto, o ribeiro do Paivô não passava disso mesmo. Um pequeno riacho que, hoje, forma uma bela lagoa. E a partir daqui segue-se um caminho junto a um canal de água que conduz os caminheiros a Póvoa das Leiras.
A percorrer um pequeno trilho florestal Março de 2017 |
Pequena ponte sobre o Ribeiro do Paivô (segunda travessia) Março de 2017 |
Ribeiro do Paivô de passagem pelo Candal Março de 2017 |
Na primeira aventura pelos trilhos da Rota da Bétulas Junho de 2014 |
Três anos depois... (descubram as diferenças) Março de 2017 |
A caminho da aldeia do Candal Março de 2017 |
Alcançado o lugar de Póvoa das Leiras, ficam para trás cerca de três quilómetros. E, aqui, entra-se por breves momentos na estrada de asfalto que apresenta-nos a capela e coreto da povoação. Um pouco mais abaixo, percorre-se à zona habitacional que brinda-nos com os seus belos espigueiros (também conhecidos por canastros).
Do Candal é possível avistar as ruínas de Regoufe (G22) Março de 2017 |
Na chegada à aldeia do Candal Junho de 2014 |
Na chegada à aldeia do Candal Março de 2017 |
Na zona antiga da povoação do Candal Março de 2017 |
Lugar de Póvoa das Leiras avistado do Candal Março de 2017 |
A Grande Rota de Arouca passa pelo Candal Março de 2017 |
À saída de Póvoa das Leiras, os caminheiros estão a 1.5 km de alcançar a aldeia do Candal. Localizada na Serra da Arada, esta povoação integra a União de Freguesias de Carvalhais e Candal e vê passar muitos forasteiros nas suas ruas. Seja a caminhar ou a passear, os curiosos deslocam-se à zona antiga da povoação.
Viela no núcleo habitacional antigo do Candal Março de 2017 |
Uma pequena pausa no Candal para um registo fotográfico Março de 2017 |
Do Candal à Fraguinha ainda faltam 4.2 km de caminho Junho de 2014 |
Na área nova da povoação do Candal Março de 2017 |
Tulipas (uma agradável surpresa) Março de 2017 |
À saída da povoação do Candal Março de 2017 |
E, já na área nova da povoação do Candal, os caminheiros estão a 4.2 km de retomar ao ponto de partida do percurso. É a altura de tomar o caminho que estabelece a ligação entre o Candal e o Parque Eólico da Coelheira. Um trilho empedrado e estreito que, outrora, conduzia a população da aldeia até às minas das Chãs. Isto no tempo da extracção do volfrâmio.
É importante ter muita atenção às marcas do percurso Março de 2017 |
Num pequeno desvio do percurso Março de 2017 |
Socalcos de Póvoa das Leiras Junho de 2014 |
Caminho de ligação entre o Candal e o Parque Eólico Junho de 2014 |
A percorrer um caminho empedrado Março de 2017 |
Povoação do Candal Junho de 2014 |
Ultrapassado o desnível ascendente do caminho empedrado, atinge-se o planalto do Parque Eólico da Coelheira onde nasce o Ribeiro Escuro. E é na companhia deste pequeno riacho que desce-se uma pequena encosta. Este pequeno desnível é a recta final do percurso. Um fim que soma cerca de 10 km de pegadas culminadas junto das bétulas do parque de campismo da Fraguinha.
À chegada ao Parque Eólico da Coelheira/ Candal Junho de 2014 |
À chegada ao Parque Eólico da Coelheira/ Candal Março de 2017 |
A caminho da Fraguinha Março de 2017 |
Parque Eólico da Coelheira/ Candal Março de 2017 |
Arboreto de bétulas junto do parque de campismo da Fraguinha Março de 2017 |
Retiro da Fraguinha Junho de 2014 |
Concluída a Rota das Bétulas, o sentimento é de agradecimento pela companhia, pelo percurso, pela paisagem, pela fauna e flora, pela história, pelo conhecimento e pela partilha. Uma pequena rota circular que o Pé ante pé vive em duas épocas diferentes e transmite num só tempo e espaço. Em 2014, o êxtase do desconhecido. Em 2017, a partilha e o convívio.
Aventurem-se e boas caminhadas!
Um até já,
TS