O terceiro passeio pela Rota dos Geossítios leva o Pé ante pé a Moldes para uma nova aventura pela Rota do Ouro Negro. Uma jornada a pé para desvendar os trilhos da oitava pequena rota de Arouca e para conhecer mais dois fenómenos geológicos do concelho. As Minas da Pena Amarela e o Complexo Mineiro de Rio de Frades são o destaque de hoje.
A PR 8 - Rota do Ouro Negro - do concelho de Arouca é uma pequena rota linear de 6 km que desvenda os melhores recantos de Fuste (Moldes) e Rio de Frades (Cabreiros). Estes dois lugares guardam dois dos 41 fenómenos geológicos que compõem a Rota dos Geossítios. Realizada a pé, a jornada de hoje tem início em Fuste e, daqui, segue para o lugar de Pedrógão.
| A caminho de Fuste (Moldes) Janeiro de 2016 |
| Capela de Santa Catarina (Fuste) Janeiro de 2016 |
| Placas de orientação da PR 3 e da PR 8 no cento de Fuste Janeiro de 2016 |
| A primeira etapa da PR 8 liga Fuste a Pedrógão Janeiro de 2016 |
| Passagem pelo lugar de Pedrógão Janeiro de 2016 |
A primeira etapa da PR 8 liga a capela de Santa Catarina ao lugar de Pedrógão. Um ponto de passagem da Rota do Ouro Negro que dá acesso aos caminhos de montanha que separam os lugares de Fuste e de Rio de Frades. À saída de Pedrógão, uma placa direcciona os 'corajosos' para as Minas da Pena Amarela.
| Placa indica o caminho para as Minas da Pena Amarela Janeiro de 2016 |
| Placa de orientação da PR 8 de Arouca Janeiro de 2016 |
| Lugar de Pedrógão (Moldes) Janeiro de 2016 |
| Caixas das abelhas Janeiro de 2016 |
| Mais uma placa de orientação da PR 8 Janeiro de 2016 |
As Minas da Pena Amarela correspondem a um fenómeno geológico do concelho de Arouca escondido por entre os caminhos montanhosos da PR 8 - Rota do Ouro Negro. Aquando da II Guerra Mundial, abriram-se dezenas de bocas de minas de forma clandestina e que, hoje, ainda testemunham o trabalho dos 'pilhas'. Aventureiros, sobretudo arouquenses, de marreta e picareta na mão que arriscaram derrubar a rocha castanha e avermelhada para alcançar o 'ouro negro'.
| 'Caminho certo' Janeiro de 2016 |
| A caminho das Minas da Pena Amarela Janeiro de 2016 |
| Ribeira da Cobela Janeiro de 2016 |
| Boca de uma Mina da Pena Amarela Janeiro de 2016 |
| A caminhar junto das Minas da Pena Amarela Janeiro de 2016 |
As Minas da Pena Amarela (G15) nascem na fase da "Febre do Volfrâmio" em que os 'pilhas' trabalham duro, tendo em vista alcançar uma pequena fortuna. Até que, em 1953, o hoje décimo quinto geossítio de Arouca acaba por ser concessionado. Mas, assim como todas as outras minas do concelho, a falta de escoamento do volfrâmio conduz ao abandono destas, em 1988.
| Outro exemplar de uma boca de mina clandestina Março de 2012 |
| Marca indica o 'Caminho Certo' Janeiro de 2016 |
| Pequena queda de água da Ribeira da Pena Amarela Janeiro de 2016 |
| Junto das Minas da Pena Amarela Janeiro de 2016 |
| Correr das águas da Ribeira da Pena Amarela Janeiro de 2016 |
Tal como um dia os 'pilhas' fizeram, hoje os caminheiros aventuram-se a percorrer o caminho montanhoso que liga Fuste (Moldes) a Rio de Frades (Cabreiros). Os objectivos são distintos, mas a satisfação final é a mesma. O caminhar lado a lado com as imensas bocas de minas de volfrâmio e a beleza incomparável do cenário apresentado aos nossos olhos são o cartão de visita da PR 8.
| Ponte sobre a Ribeira da Pena Amarela Janeiro de 2016 |
| Rio de Frades é a última paragem antes do retorno Janeiro de 2016 |
| Aldeia de Rio de Frades Janeiro de 2016 |
| A caminho da aldeia de Rio de Frades Janeiro de 2016 |
| Pequena capela situada no largo da aldeia de Rio de Frades Janeiro de 2016 |
Depois da travessia de uma pequena ponte de madeira sobre a Ribeira da Pena Amarela, a próxima destino é a aldeia de Rio de Frades onde é possível descobrir a Galeria do Vale da Cerdeira (G16). Esta corresponde a uma antiga mina de extracção de volfrâmio que, hoje, está classificada como décimo sexto geossítio do concelho de Arouca.
| O "Caminho do Carteiro" pode iniciar-se em Rio de Frades Janeiro de 2016 |
| Complexo Mineiro avistado do "Caminho do Carteiro" Julho de 2014 |
| No interior da Galeria do Vale da Cerdeira (G16) Janeiro de 2012 |
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| Queda de água de um afluente do Rio de Frades Setembro de 2014 |
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| A galeria mineira é transitável ao longo de 400 metros Setembro de 2014 |
Para além da Galeria do Vale da Cerdeira, o G16 é composto pelas ruínas do Complexo Mineiro que situam-se na zona inferior da aldeia de Rio de Frades. O primeiro contacto com este geossítio acontece no começo de 2012 aquando uma aventura pelo "Caminho do Carteiro". Na fase inicial da PR 6 de Arouca, é possível alcançar a galeria e fazer a sua travessia ao longo de cerca de 400 metros.
| Aproximação às ruínas do Complexo Mineiro (G16) Janeiro de 2016 |
| Ruínas do Complexo Mineiro de Rio de Frades (G16) Janeiro de 2016 |
| Junto do Complexo Mineiro de Rio de Frades Janeiro de 2016 |
| As ruínas vêem correr as águas de um afluente do Rio de Frades Janeiro de 2016 |
| Retomar a PR8 e seguir para as Minas da Pena Amarela Janeiro de 2016 |
Antes de atravessar a Galeria do Vale da Cerdeira, é também possível alcançar visualmente o Complexo Mineiro através de uma ampla vista panorâmica sobre as suas ruínas e áreas envolventes. E, já depois da travessia da galeria, os caminheiros avistam uma magnífica queda de água de um afluente do Rio de Frades e usufruem de um recanto natural precioso e escondido de Arouca.
| Marca amarela e vermelha indica 'Caminho Certo' Janeiro de 2016 |
| A caminho das Minas da Pena Amarela Janeiro de 2016 |
| Placa orientadora próxima das Minas da Pena Amarela Janeiro de 2016 |
| Descida íngreme da zona da Pena Amarela Janeiro de 2016 |
| Descida íngreme sobre pedras soltas Janeiro de 2016 |
Depois de conhecida a galeria transitável e respectivas ruínas de Rio de Frades (G16), é tempo de retomar a PR 8 - Rota do Ouro Negro - no sentido contrário. Saída da aldeia de Rio de Frades com o objectivo de alcançar, pela segunda vez, as Minas da Pena Amarela (G15). É o regresso às belas paisagens de montanha e às águas límpidas da Ribeira da Pena Amarela e Ribeira da Cobela.
| Junto da ponte de madeira sobre a Ribeira da Pena Amarela Janeiro de 2016 |
| Ribeira da Pena Amarela Janeiro de 2016 |
| Junto da entrada de uma mina da Pena Amarela Janeiro de 2016 |
| Boca de uma mina de volfrâmio Março de 2012 |
| O lugar de Pedrógão à vista Janeiro de 2016 |
As minas da Pena Amarela e de Rio de Frades apresentam um elevado interesse em termos de paisagem cultural e arqueologia mineira. Guardam histórias e tradições, sobretudo, da época da II Grande Guerra em que os 'pilhas' procuram o 'ouro negro' e os alemães marcam presença nas terras de Arouca. Daí, a justificação da inclusão destas minas no mapa de geossítos do concelho.
| Lugar de Pedrógão Janeiro de 2016 |
| Algumas habitações de Fuste captadas à chegada a Pedrógão Janeiro de 2016 |
| Passagem pela estrada asfaltada de Pedrógão Janeiro de 2016 |
| De Pedrógão para Fuste Janeiro de 2016 |
| Risca amarela e risca vermelha assinalam 'Caminho Certo' Janeiro 2016 |
Às Minas da Pena Amarela segue-se o lugar de Pedrógão para, daqui, rumar até à capela de Santa Catarina de Fuste e terminar a jornada de hoje. Mas, ainda um pouco antes do desfecho da rota, é possível observar de perto a escamação da rocha em 'casca de cebola' em vários blocos de quartzodiorito. Um fenómeno geológico esclarecido no primeiro passeio pela Rota dos Geossítios.
| Fenómeno de escamação da rocha em 'casca de cebola' Janeiro de 2016 |
| Escamação da rocha num bloco quartzodiorito Janeiro de 2016 |
| A caminho de Fuste com recurso a um caminho rural Janeiro de 2016 |
| Chegada ao lugar de Fuste Janeiro de 2016 |
| Conclusão da PR8 junto da capela de Santa Catarina Janeiro de 2016 |
No fim, a conclusão da Rota do Ouro Negro. Um percurso linear de pequena rota que, contabilizando a ida e a volta, perfaz um total de 12 quilómetros com novas descobertas. As Minas da Pena Amarela e o Complexo Mineiro de Rio de Frades preenchem a jornada de hoje. E, agora, parto à descoberta do quarto passeio pela Rota dos Geossítios.
Aventurem-se e boa rota!
Um até já,
TS

