sexta-feira, 31 de julho de 2015

Trilho do Águeda

O destino de hoje é a cidade de Águeda. Depois de duas visitas ao largo 1º de Maio, uma na abertura e outra no encerramento do Agitágueda, o Pé ante pé apresenta o Trilho do Águeda. Uma pequena rota circular, de fácil acesso, que desvenda as maravilhas do centro histórico de Águeda e as margens do rio que dá nome à capital do município. A lamentar é a interdição de uma parte do percurso junto ao parque de lazer de Souto do Rio.

PR 6 - Trilho do Águeda


A PR 6 - Trilho do Águeda - é uma das pequenas rotas do concelho de Águeda com início e fim no largo 1º de Maio, onde centram-se os principais eventos da cidade. O Agitágueda, de 4 a 26 de Julho, e a Festa do Leitão, de 9 a 13 de Setembro, são os dois grandes exemplos. Trazem às ruas os aguendenses e muitos forasteiros que procuram adquirir novos saberes e sabores.

Pegada indica a distância percorrida da PR 6.1


O rio Águeda é um fio condutor do percurso de hoje. Mas, para além das águas que correm debaixo da ponte da cidade, a pequena rota de 8 km apresenta duas derivações. Uma, a PR 6.1, é um trilho urbano que dá a conhecer as Alminhas de Paredes, o Parque Municipal de Alta Vila, a Igreja Matriz de Santa Eulália, as escadas do Adro, a rua de Luís de Camões e a praça da República. A outra, a PR 6.2, é um troço linear que aproxima os caminheiros da Quinta do Conde Sucena. 

Do Largo 1º de Maio às Alminhas de Paredes são 500 metros 


Parque Municipal a 400 metros das Alminhas


Parede exterior do Parque de Alta Vila


Entrada do Parque Municipal de Alta Vila


Capela do Parque de Alta Vila


A percorrer a PR 6.1, inicia-se o percurso no largo 1º de Maio em direcção às Alminhas de Paredes a 500 metros (m) de distância. Mais 400 m e é tempo de fazer uma paragem para conhecer o Parque Municipal de Alta Vila, que fica a 330 m da Igreja Matriz de Santa Eulália. Agora, acrescenta-se uns 50 m e atinge-se a rua Luís de Camões através das escadas do Adro. Um pouco à frente a praça da República e o largo 1º de Maio, onde começa e termina o trilho urbano. 

Do parque à Igreja Matriz são 330 metros


Fachada principal da Igreja de Santa Eulália


Igreja Matriz de Águeda


Da Igreja à rua Luís de Camões são apenas 50 metros


Escadas do Adro


Rua Luís de Camões


Para quem desconhece, o Agitágueda agita as ruas de Águeda desde o ano de 2006. É um festival cultural e artístico que prende a atenção de quem passa pela cidade e depara-se com a fixação de milhares chapéus de chuva que dão cor e vida ao centro histórico. A rua Luís de Camões, a praça da República e o largo 1º de Maio vêem crescer a arte pública com a passagem de muitos grupos e artistas pelo Agitágueda. 

Um dos banco da rua de Luís de Camões a lembrar a Amália


À rua Luís de Camões segue-se a praça da República


Ponte sobre o rio Águeda


Parte superior da tenda do Agitágueda


Do largo 1º de Maio ao Souto do Rio são 2,8 km


A abandonar o largo 1º de Maio em direcção ao Souto do Rio


De novo pelo largo 1º de Maio, o Pé ante pé segue para Souto do Rio. Para lá chegar, os caminheiros atravessam a ribeira do Ameal e seguem um caminho de terra na companhia do rio Águeda. Nesta parte do percurso, é possível vislumbrar uma série de campos cultivados de milho e outras culturas. Tudo muito cuidado e limpo até que atingimos o Souto do Rio e o contentamento termina.

Ponte de madeira sobre a ribeira do Ameal


Rio Águeda


A travessia do rio Águeda, junto à área de lazer de Souto do Rio, está interdita devido a inexistência da Ponte dos Violantes. E, aqui, está o descontentamento. Ao chegar a este ponto da PR 6, os caminheiros estão impossibilitados de concluir o Trilho do Águeda. E, sem saber nadar, tenho de voltar ao ponto de partida, percorrendo os mesmos 2,8 km, com o desejo de que abertura da PR 6 seja breve.  

Ponte dos Violantes é inexistente 


Área de lazer de Souto do Rio


Está interdita a travessia do rio pela Ponte dos Violantes


Campo de milho


Amoras


Ilha do Águeda


A primeira vez a percorrer uma rota do concelho de Águeda e, apesar da interdição de uma parte do percurso (que impossibilita a conclusão do mesmo), o balanço é positivo. O Agitágueda terminou, no passado dia 26, com o concerto do James Arthur e uma sessão de fogo-de-artifício. Agora, fica a sugestão de visita da Festa do Leitão, que decorre de 9 a 13 de Setembro.

Aventurem-se e boas caminhadas!

Um até já,

TS




terça-feira, 21 de julho de 2015

Passadiços do Paiva

Os Passadiços do Paiva têm, desde 20 de Junho de 2015, atraído muitos forasteiros até às praias fluviais de Espiunca, do Vau e do Areinho  para usufruírem de uma paisagem ímpar e de um passeio memorável. Inaugurados no mês passado pelo presidente da Câmara Municipal de Arouca, José Artur Neves, os passadiços estão a ser um sucesso. O Pé ante pé inicia, na Igreja de Espiunca, o percurso linear de 8.700 metros e termina com 17.400 metros, somando a ida e volta.

Passadiços do Paiva


Situados na margem esquerda do Paiva, os passadiços têm duas extremidades: Espiunca e Areinho. Começando em qualquer um destes pontos de paragem, o trajecto é realizado em travessia e composto por desníveis acentuados que não intimidam aqueles que procuram os passadiços. O rio Paiva e toda a paisagem envolvente, os geossítios e as praias locais fazem brilhar os olhos e compensam qualquer esforço. E, no final, um mergulho também é algo muito apetecível.

Início do percurso em Espiunca


Passadiços inaugurados a 20 de Junho de 2015 


Bem-vindo aos Biospots do Passadiço do Paiva (B9)


Águas bravas do rio Paiva


Biodiversidade nas rochas (B8)

Passadiço na margem esquerda do rio Paiva


Arbustos típicos dos matos mediterrâneos (B7)


Um dos muitos desníveis do passadiço 


Vista para a Gola do Salto (Geossítio 31)


Gola do Salto (G31)


Passadiço do Paiva

Três grandes borboletas e as suas plantas hospedeiras (B6)


Passadiço do Paiva


Caloptérix de Portugal (B5)

Chegada à praia do Vau (Canelas)


A praia fluvial do Vau é um geossítio (G30) do concelho e, neste ponto do passadiço, a pequena rota 9 e a grande rota 28 encontram-se e seguem caminhos opostos. A GR 28 - Por Vales e Montanhas de Arouca - segue pela estrada de asfalto e a PR 9 - Rota do Xisto - segue um caminho de terra junto ao rio Paiva. Esta última atravessa o passadiço junto à foz do ribeiro de Canelas e sobe a encosta em direcção à estrada, onde une-se à grande rota. A partir daí seguem juntas para a Igreja Matriz de Canelas. 

Marca orientadora da GR 28


Cascata do ribeiro da Estreitinha


Ponte suspensa já é um grande atractivo da praia do Vau


Ponte une as duas margens do rio Paiva


Passadiço do Paiva


À sombra da galeria ripícola (B4)


Passadiço do Paiva


Folhas verdejantes


Passadiço do Paiva


Rio Paiva



A olhar tanto para a biologia como para a geologia (B3)


A ponte suspensa da praia do Vau já é um sucesso. Os forasteiros, que procuram os passadiços do Paiva, ficam encantados quando chegam ao G30 e vislumbram esta construção de ferro e madeira. Mas, antes de fazer a travessia da margem esquerda para a direita do Paiva, há que tomar atenção às indicações locais: "Proibida a presença, em simultâneo, de mais do que 10 pessoas"; "Não saltar na ponte"; "Não saltar da ponte"; "Não correr na ponte"; "Dar prioridade às pessoas que já iniciaram a travessia".

Passadiço do Paiva 


Espécies ameaçadas na Europa e outras raridades do Paiva (B2)


Escadaria em zig-zag 


Os passadiços têm mais de mil degraus ao longo de 8.700 metros


Cascata das Aguieiras (G35)


Os passadiços são também compostos por troços florestais


A escadaria em zig-zag, que permite avistar a Cascata das Aguieiras (G35), é outro chamariz dos passadiços do Paiva. São muitos degraus a subir, no sentido Espiunca-Areinho, e a descer, no sentido contrário. A vista panorâmica alcançada no topo é incrível. As águas do ribeiro de Alvarenga precipitam-se, descendo a encosta, e entregam-se ao Paiva. E, assim a margem direita do rio, tem um encanto que suscita muita curiosidade.

Passadiços do Paiva


Os passadiços ajudam os taxistas locais


Ponte da Garganta do Paiva (G36)


Aviso de aproximação à Estrada Nacional


Os passadiços de madeira são compostos por mais de mil degraus e por alguns troços florestais. Coloca-se, nas proximidades da ponte da Garganta do Paiva (G36), os pés na terra e segue-se caminho até ao Areinho. Já, no ponto de chegada, avista-se o rio Paiva de perto e uma área (não muito extensa) de areal. A praia fluvial do Areinho tem, na época balnear, vigilância e é um local muito apetecível para fazer um mergulho.

Bem-vindo aos Biospots do Passadiço do Paiva (B1)


Praia fluvial do Areinho


A praia do Areinho tem vigilância 


Caminho florestal


Garganta do Paiva (G36)


Escadaria de madeira


Rio Paiva avistado dos passadiços


Pregos


Ponte suspensa junto da praia do Vau


A praia fluvial do Vau é muito concorrida


Posto SOS


Regresso a Espiunca


Depois de uma pequena pausa na praia do Areinho, é tempo de percorrer os Passadiços do Paiva. Agora, o percurso é realizado no sentido contrário e, no total, contam-se 17 quilómetros e 400 metros. À chegada a Espiunca, o cansaço é muito. Mas a satisfação é ainda maior e lança-se um olhar para a Falha de Espiunca (G36), localizada na margem direita do rio. A viagem pela arqueologia, biologia e geologia termina e fica o desejo de que todo este espaço seja zelado por quem o visita.

Aventurem-se e boas caminhadas!

Um até já,

TS