A Ponte do Manica é uma construção medieval que está situada
em Madaíl, fazendo a ligação de Ul a Oliveira de Azeméis por uma antiga calçada. Na sua segunda caminhada pelo património, a
Associação Ambiental D. Urraca Moreira (ADUM) coloca o desafio aos participantes: “E tu,
conheces a tua história?” E o Pé ante pé lá esteve, no domingo
(12), para conhecer o passado medieval de Madaíl e a sede da ADUM.
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Caminhada pela Ponte do Manica |
O ponto de encontro é junto do posto de turismo, situado no parque da cidade de Oliveira de
Azeméis. E, depois de uma breve apresentação da caminhada, os participantes seguem para Madaíl na companhia de membros
da ADUM. Madaíl é uma antiga freguesia portuguesa que, em 2013, com a
reformaadmnistrativa nacional é agregada às freguesias de Oliveira de Azeméis,
Santiago de Riba-Ul, Ul e Macinhata da Seixa.
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Parque da cidade de Oliveira de Azeméis
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Placa informativa: "Calçada da Ponte Medieval" |
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Sobreiro despido de um lado e de outro protegido pela cortiça |
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Calçada da Ponte do Manica |
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Ponte do Manica rodeada de campos agrícolas |
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Primeira travessia da Ponte do Manica sobre o rio Ul |
Hoje, cinco localidades formam uma
única freguesia à qual intitulam de União de Freguesias de Oliveira de Azeméis,
Santiago de Riba-Ul, Ul, Macinhata da Seixa e Madaíl. Outrora considerada a freguesia mais pequena do concelho de Oliveira, Madaíl tem a Ponte do Manica sobre o rio Ul e pequenos achados encontrados junto da mesma que comprovam que, na Idade Média (séculos XI-XIV) muitas pessoas atravessaram esta localidade, nomeadamente peregrinos em direcção a Santiago de Compostela.
O antigo hospital (acima referido) pertenceu à Ordem dos Hospitalários. Uma ordem que surge no início do século XII para dar apoio a peregrinos aquando da realização de promessas como forma de agradecimento e/ou em busca de ajuda e perdão pelos seus pecados. Assim como outros pontos da Europa Cristã, Madaíl vê, na época medieval, erguer-se um hospital que hoje é uma simples habitação. A localização e estrutura principal é a mesma, mas o edifício está remodelado.
Ao lanche matinal, segue-se uma visita ao moinho do Ginete, à horta biológica e ao viveiro florestal da Associação D. Urraca Moreira. E, para quem desconhece, a ADUM tem como finalidade proteger e divulgar o património histórico e ambiental do concelho de Oliveira de Azeméis. Lá demos uma vista de olhos a isto e aquilo e, depois, deixamos a sede da associação (sem fins lucrativos) para, pegada a pegada, concluir a caminhada.
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"Com o sonho de que esta ponte venha a ser restaurada" |
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Segunda travessia sobre a Ponte do Manica |
Uma segunda travessia da Ponte do Manica e tempo para alertar todos os que passem ou venham a passar pela calçada medieval para a importância deste elo de ligação. Hoje, está a cair no esquecimento. Daí, relembrar "a todos os utentes desta ponte que colaborem com a sua conservação", apela André Santos de Madaíl num comunicado colocado junto da ponte. Escreve e pensa ainda que "é um dever de todos nós preservar uma ponte, provavelmente, com mais de setecentos anos!"
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Rosas |
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Cores quentes condizem com a manhã de domingo (12) |
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Travessia da linha de comboio |
A caminhada está quase concluída. Deixamos para trás a ponte e a calçada medieval, os matos e campos de milho, os bugalhos e as bolotas, a alfazema e a aface... Rumamos até ao ponto de partida, o parque da cidade, e faço minhas as palavras de André Santos: "Com o sonho de que um dia esta ponte venha a ser restaurada".
Aventurem-se e boas caminhadas!
Um até já,
TS
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