A manhã e princípio de tarde, de hoje, são dedicadas a percorrer a PR 6 - Percurso do Carteiro - de Arouca e a desvendar os seus encantos esplêndidos. O relógio do carro indica 8 horas à chegada a Rio de Frades. Daqui, partimos a pé, passados 10 minutos, rumo a Cabreiros que fica a 3.3 km de distância.
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Aldeia de Rio de Frades |
O Percurso do Carteiro é uma pequena rota linear de 6 km que, uma vez feita em travessia, faz os caminheiros contarem o dobro dos quilómetros, tendo em conta a ida e a volta. Aqui, marco o início na aldeia de Rio de Frades, mas, se preferirem, podem iniciar a caminhada em Tebilhão, o outro extremo da PR 6.
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Placa informativa junto à capela de Rio de Frades |
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Capela de Rio de Frades |
Como referi no post anterior, o nível de dificuldade da rota número 6 de Arouca é elevado. Mas, a meu ver, este percurso pedestre é dos mais gratificantes do concelho. Isto, sem fazer qualquer classificação pois todos têm a sua particularidade e maravilhas. Mas, hoje, andamos
à procura do carteiro na companhia do canto das aves e do correr da água dos rios (ver abaixo fotogaleria).
PR 6 - Percurso do Carteiro
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600 metros percorridos |
Todavia, antes de caminhar encosta acima, faço-vos um apanhado histórico. A história diz que, aquando a extinção das Ordens Religiosas na época pombalina, a povoação de Rio de Frades é fundada por frades jesuítas. Daí a origem do nome atribuído ao lugar. Mais tarde, no período da II Grande Guerra, a aldeia abre portas aos alemães que instalam um centro de exploração mineira de volfrâmio.
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Ruínas das instalações do centro mineiro |
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Poste de luz que data de 1971 |
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Ruína de em edifício junto às bocas das minas |
É importante falar de outrora pois, nos primeiros quilómetros, encontramos várias minas e ruínas das construções do centro mineiro. Ainda é possível ver as bocas feitas nas encostas abertas. Uma das minas pode mesmo ser atravessada, por quem achar-se capaz, e vale a pena abandonar o medo pois do outro lado as águas límpidas do rio de Frades dão as boas-vindas.
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Rio de Frades |
Passadas as bocas das minas, o ribeiro Pequenino espera-nos e, atravessada a ponte que vê correr as águas do afluente do Frades, começamos a subir com determinação. O caminho é quem exige e fica a recomendação para que olhem para trás quando atingirem o topo da encosta montanhosa. Isso acontece com a chegada a Cabreiros, uma freguesia estendida do amplo planalto da Serra da Freita ao apertado Vale de Frades.
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Ribeiro Pequenino |
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Águas do ribeiro |
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Ponte sobre o ribeiro Pequenino |
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A PR 6 encontra a GR 28 em Cabreiros |
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A 2 km da aldeia de Tebilhão |
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Chapéu pousado no muro de um terreno agrícola |
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Símbolo da religiosidade local |
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Lugar de Tebilhão |
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Fim do percurso junto à estrada asfaltada em Tebilhão |
Os 6 quilómetros ficam completos assim que atingimos a estrada asfaltada em Tebilhão, a poucos metros do largo da capela de Santa Bárbara. Um local óptimo para parar e descansar, por breves instantes, antes de fazer, de novo, a PR 6. Só que, agora, de Tebilhão a Rio de Frades, os caminheiros descem e descem, podendo usufruir melhor das paisagens.
Em jeito de despedida, recordo o trajecto das formigas que admirei esta manhã. Elas descem toda uma encosta à procura de alimento e, assim que o alcançam, sobem elas carregadas a mesma encosta. E é a pensar no esforço físico das formigas, que ganho forças e vontade de fazer mais e mais pois precisamos descer para conseguir subir.
Aventurem-se!
Um até já,
TS
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