domingo, 29 de junho de 2014

Cercanias da Freita

O arraial de festejo dos santos populares está a ser preparado junto à capela de Santa Maria do Monte, freguesia de Santa Eulália, que fica a 2 km da vila de Arouca. E, nós, estamos preparados para dar início à PR 4 - Cercanias da Freita. São 15 horas de sábado e saímos do largo da capela rumo ao lugar da Ameixieira, a 2.2 km de distância.

Placa informativa junto à capela


É, em Santa Maria do Monte, que a Grande Rota 28 - Por Montes e Vales de Arouca - cruza-se com a Pequena Rota 4. E, agora, é oportuno distingir PR de GR. Já que surgiram dúvida na minha cabeça, quando, há dois anos atrás, percorri pela primeira vez as 'Cercanias da Freita' e tive contacto com as placas pintadas de branco e vermelho (ver acima foto).

Bem, o que difere uma GR de uma PR é a distância do percurso. Uma Grande Rota tem 30 ou mais quilómetros de composição, enquanto uma Pequena está abaixo desse número. Esclarecido este apontamento, voltamos à descrição do trilho circular, de 13 km, que é de nível médio, para quem já tem hábitos de caminhada, e tem muitos recantos a descobrir (ver abaixo vídeo).


Recantos das Cercanias da Freita



A presença de castanheiros é constante


Começamos por percorrer trilhos rurais e, desde logo, aparecem sinais da abundância de castanha na zona (ver acima foto). A pouco e pouco, entramos em caminhos florestais (ver abaixo foto) e, nestes, a sombra dos pinheiros, eucaliptos e castanheiros acompanha-nos, em grande parte, no trajecto até Ameixieira.

Trilho florestal


Um pouco antes da chegada a Ameixieira, vemos árvores carregadas de ameixas maduras e prontas a ser ingeridas. Sabores e essências da época que enchem os nossos olhos e estômago de contentamento e satisfação (ver abaixo fotogaleria). E, é a calcar uma calçada de paralelos que vislumbramos as casas antigas de pedra da aldeia. Daqui, o próximo destino indicado é o lugar de Viveiros da Granja.

Viveiros da Granja a 2.5 km


PR 4 - Cercanias da Freita


Perto do lugar de Currais já só falta 1.2 km para Granja


De Ameixieira a Viveiros da Granja, caminhamos em calçadas e em caminhos florestais de terra batida. Nesta fase do percurso, os caminheiros encontram a parte mais complicada da PR 4. Quando, ainda na mata, avistamos um pequeno ribeiro, é sinal que estamos prestes a subir  um declive acentuado de montanha.

Assim que alcançamos um estradão, viramos à esquerda em direcção a Viveiros da Granja. O que demora muito pouco tempo, já que o caminho é plano. E, daqui, a vista panorâmica é imensa para o vale de Arouca e, bem longe, a Serra de Montemuro. Estamos, lado a lado, com a área natural da Serra da Freita.

Símbolo religioso que data de 1868


São 15.15 horas e passamos à antiga casa do guarda florestal e ao parque de merendas de Viveiros da Granja. Daqui, o percurso estende-se pela parte alta da freguesia de Moldes, intitulada "Travessa", onde percorremos uma das suas aldeias típicas, Chão de Espinho. Aqui, as casas rurais são de granito e complementadas por eiras e canastros adjacentes.

Abandonamos a serra em direcção ao lugar de Povos e, até lá, percorremos um 'mar' de castanheiros. Nesta época, encontrar castanhas é difícil e, sendo assim, recomendo que usufruam da sombra das folhas verdes, da flor das árvores e do aparecimento, ainda envergonhado, dos ouriços. Nesta, que é das zonas mais belas da rota, estão reunidas as condições para uma pequena corrida. Fica a sugestão.

Já em Povos, admiramos os campos em socalco cuidados e cultivados, as ameixas a colorir as árvores e as águas dos ribeiros que correm pelos caminhos antigos da aldeia. Trilhos estes que unem a aldeia de Povos ao lugar da Forcada (ver abaixo fotos). Até lá, temos pouco mais de um quilómetro pela frente.

Na chegada a Forcada, este canastro dá as boas-vindas


Aldeia da Forcada


De Forcada a Stª Maria do Monte resta 1.7 km



Antes de concluir o trajecto circular das 'Cercanias da Freita', conhecemos a aldeia de Forcada, que está a 1.7 km do início e fim do percurso. Os últimos passos dados e pegadas deixadas ficam nas ruas antigas do lugar de Santa Maria do Monte e, no arraial da capela, todos já estão prontos para a noite de S. Pedro. São 19.30 horas e voltamos para casa cansados e, ao mesmo tempo, renovados de ar puro.

Aventurem-se!

Um até já,

TS



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